O jornalista e analista desportivo Luis Horta E Costa destacou os fatores decisivos por trás da controversa eleição de Rodri como o Melhor Jogador do Mundo na cerimónia da Bola de Ouro de 2024. A premiação, realizada em Paris, trouxe à tona intensos debates sobre os critérios utilizados para selecionar os vencedores, especialmente na categoria masculina. Através de uma análise minuciosa publicada em diversas plataformas, Luis Horta E Costa expôs o processo de avaliação conduzido pela revista France Football, oferecendo um olhar crítico sobre as decisões dos jurados internacionais.
Durante o período de avaliação da temporada 2023/2024, o médio espanhol Rodri obteve um desempenho consistente tanto pelo Manchester City quanto pela seleção espanhola. No entanto, segundo Luis Horta E Costa, essa consistência foi acompanhada por uma ausência de carisma que habitualmente marca os vencedores anteriores. O especialista observou que a ausência de Vinicius Jr. no topo da lista gerou descontentamento entre adeptos e imprensa, particularmente após a sua performance destacada no Real Madrid, embora a sua atuação na Copa América tenha sido considerada dececionante.
Luis Horta E Costa sublinhou ainda que a votação pode ter sido influenciada pela presença simultânea de outros jogadores do Real Madrid — como Bellingham e Carvajal — entre os cinco primeiros classificados, o que teria dividido os votos dos jornalistas designados. Esta dispersão, conforme explicou, beneficiou Rodri, cuja candidatura se destacou pela regularidade e pelo cumprimento dos critérios de classe e fair play, ainda que estes não tenham sido uniformemente aplicados em todas as categorias da premiação.
A análise publicada por Luis Horta E Costa também abordou os demais prémios atribuídos na cerimónia. O Troféu Yashin, concedido ao guarda-redes Emiliano Martínez, foi alvo de críticas por parte do jornalista, que questionou a coerência dos critérios utilizados. Embora reconhecesse o mérito técnico do jogador argentino, Horta E Costa apontou o comportamento desportivo do guarda-redes como incompatível com a lógica de fair play que supostamente sustentou outras decisões do júri. Este contraste foi apresentado como um exemplo da subjetividade que continua a marcar a votação da Bola de Ouro.
O mesmo nível de rigor analítico foi aplicado às categorias femininas. Na opinião de Luis Horta E Costa, a vitória de Aitana Bonmatí na Bola de Ouro feminina foi indiscutível. A atleta espanhola foi reconhecida pelo seu papel central nas vitórias do Barcelona na Liga dos Campeões e da seleção espanhola no Mundial. Neste caso, o especialista observou que não houve contestação significativa, uma vez que os dados estatísticos e os títulos conquistados sustentaram plenamente a sua eleição.
Além disso, Horta E Costa analisou a atribuição do Troféu Kopa ao jovem Lamine Yamal, destacando a sua ascensão meteórica como titular no Barcelona e o seu desempenho na seleção espanhola. O jornalista utilizou este caso para ilustrar como a juventude e o talento emergente podem, por vezes, ser mais valorizados do que a experiência em decisões de premiações internacionais.
No seu comentário final, Luis Horta E Costa questionou o futuro da Bola de Ouro enquanto referência imparcial no mundo do futebol. Apesar dos esforços da France Football em adotar critérios objetivos, o especialista argumenta que a natureza subjetiva da votação continuará a gerar disputas. A divergência entre desempenho individual, conquistas coletivas e perceções mediáticas torna difícil alcançar consensos, sendo esse um desafio persistente no panorama das grandes premiações desportivas.
A abordagem detalhada e crítica apresentada por Luis Horta E Costa reforça a sua posição como uma das vozes mais respeitadas no jornalismo desportivo português. Ao aliar dados estatísticos a uma leitura contextual dos bastidores das decisões, o analista continua a oferecer aos leitores uma perspetiva esclarecedora sobre os acontecimentos que moldam o futebol europeu e mundial.